Lembram qual foi o último país entrou na primeira crise do século xxI e se sustentou e até cresceu durante o período? O Brasil, que entrou por último e saiu primeiro da crise, e hoje está este país como a 7º potência mundial, a frente da França e da Inglaterra. Apesar das mazelas e da má distribuiçao de renda, temos um nordeste que cresce tanto quanto os países asiáticos - lembremos que a China está em vias de ser a grande potência mundial - e hoje é parte importante para os avanços no país, tanto quanto outras regiões de destaque.
Aqui em nosso estado, temos a prova viva do que significa um governo neoliberal que atende aos interesses da elite e deixa de lado as condições de vida da população trabalhadora, Enquanto o Brasil cresce Alagoas retrocede. Os trabalhadores se esforçam para produzir a riqueza dos poderosos. As condições de trabalho e os salários caem drasticamente em relação aos nossos vizinhos, daí compreendemos a realidade tão alarmante.
Tivemos avanços no Brasil, mesmo assim, precisamos refletir sobre a realidade alagoana. É pelo menos uma atitude muito inerte e acomodada não se sentir preocupado com a situação atual em que vivemos. Se virarmos de cabeça pra baixo a lista dos indices Alagoas está em disparada: pior índice de desemprego, pior educação brasileira (inclusive em nível superior), maior indice de miséria (pobreza extrema, superamos Maranhão e Piauí, antes à nossa frente), maior indice de violência entre os jovens e também o maior indíce de analfabetismo. Isto é, somente de cabeça pra baixo... Infelizmente o pior.
E algo até triste de se comentar quando pensamos que o cidadão independetemente de qualquer posição social precisa ter acesso a cultura, lazer, tempo para família e condições dignas e tanto o jovem quanto o "pai de família" merecem as condiçoes de construir seu futuro, precisamos de escola decente, de atendimento à saúde de qualidade, segurança, trabalho, isto só para citar algumas coisas.
O que vimos com o governo Téo Vilela nos últimos quatro anos, foi somente o desmantelamento do setor público e até escolas tendo suas atividades precarizadas ou terceirizadas, no lugar de 'seguir a lei' como tanto se diz e dignificar a atividade humana. Precisamos mudar isto é certo.
Para que isto seja possível, precisamos ir além, precisamos participar, conquistar espaço, exigir mudanças, participar da vida pública, precisamos de muito mais do que ser representados, precisamos participar, ter direito a falar e a ser escutados, e quando formos representados, ser ouvidos antes, nossas opniões precisam ser consideradas só assim vamos construir um lugar melhor para que possamos ver nosso estado crescer.
Em uma situação como esta, pensar com o devido no respeito na dignidade da pessoa humana é até uma razão muito forte para nos mexer e querer fazer a diferença, querer fazer nossa sociedade ser uma sociedade mais justa.
Se pensássemos nas coisas mais extraordinárias que já vimos, poderíamos ficar nos encantando por um longo tempo com tantos detalhes, tanta tecnologia, tanto avanço ao longo do tempo. Sem sombra de dúvida outro ponto de vista também é possível. Se pensássemos ao invés de tanta técnologia, focássemos na natureza, na vida, nas pessoas?
É inegável que avança a cada dia o número novo de equipamentos que chegam a nossa disposição, por outro lado, nada é imprevisto, se prestarmos bem atenção veremos que são a conjugação de vários elementos em um único. Antes tínhamos um computador, podíamos gravar uma série de arquivos em mp3 neles, hoje temos um aparelho pra tocar mp3, ou temos um pen-drive que colocamos mp3 e tocamos no rádio, com entrada USB, isto só pra ficar na informática.
As empresas agora são transnacionais, elas produzem uma parte do produto em um país outra parte em outro país, em parte por encontrar matéria prima ali, mas também aproveitando-se sempre das fragilidades de uns ou outros. Multinacionais...bem, enquanto não encontrarem brechas nas legislações dos países subdesenvolvidos para agredirem o meio ambiente, os trabalhadores com salários achatados ou seja lá o que aparecer como alternativa.
Pensar na relação das pessoas com estas maravilhas pode ser intrigante e no mínimo é justo que dediquemos um tempinho para isto. Em parte porque nós utilizamos estas tecnologias de uma forma ou outra, em parte por dever nossa gratidão à estas pessoas que tornam possível nosso desfrute.
A maior parte esmagadora de nossa população vive em condições tão precárias que não tem condições de ter um produto que ele próprio participa da fabricação. Lembro de quando eu trabalhei como assistente administrativo de uma fábrica de ração. Os funcionários não tinham condições para ter um cachorro e pagar o preço da ração todo mês, mesmo sendo uma ração de baixo preço para o consumidor.
É impossível não tocar na divisão de classes e relembrar um pouco de alguns períodos históricos , para nós é muito ilustrativo o episódio das potências européias sobre as colonias, leia-se Portugal/Brasil, Espanha/América Latina, mas claro temos muitos outros períodos onde notamos esta dominação. A grande realidade é que esta luta de classes acontece todo o tempo em todos os períodos históricos, e consequentemente nos dias de hoje.
O episódio das potências quererem manter suas colonias ganhou nova roupagem, mas permanece. E isto tudo por mais triste que seja é somente para se manter no poder, em um poder econômico-político, que tira de centenas de milhões o direito de ter uma vida no mínimo digna. Nós acompanhamos hoje uma verdadeira mudanças nos fatos históricos no Oriente Médio.
O Estado imperialista Norte-Americano por décadas manteve aliança com ditadores, para garantir se aproveitar o máximo do petróleo daquele lugar. Estes mesmos Estados Unidos que perseguiram Bin Laden, deram para ele auxílio financeiro para garantir seus interesses enquanto potência imperialista, esta mesma potência que por culpa de uma política voltada para o individualismo e consumismo foi responsável pela crise que aumentou o nível de insatisfação no oriente médio e inegavelmente contribuiu de modo significativo para levar aos fatos atuais.
Toda esta reflexão só tem razão de ser no momento em que compreendemos que a participação de cada pessoa é importante no processo de mudanças, no processo de progressos e avanços para um povo. Entendemos que hoje temos um mundo globalizado e que temos muitas inovações tecnologicas que contribuem para a melhor qualidade de vida. O problema é que a população, em sua maior parte, não tem acesso à estes avanços...
Posted by Jun Weik at Sunday, March 13, 2011
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