Neste mesmo ano, continuei falando com Jaffia e conheci um camarada que tinha as idéias parecidas com a daqueles caras dos livros do ensino médio, como Marx e outros que discutiam a mais valia exploração, capitalismo e outras coisas mais. Este, Rafael Cardoso, contribui para eu começar a imaginar se era, e como era, possível avançar nas questões sociais. Mais tarde eu veria também com o professor Antônio Barbosa, ou Malvadeza, como é mais conhecido, pela quantidade de livros que passa e das cobranças em aula.
A partir daqui, enfim, é melhor resumir. Participei do Diretório Central dos Estudantes - DCE, nas gestões 2007 e 2008 e na Gestão 2009 e 2010, sem dúvidas a melhor destes períodos com muitos avanços, discussões e inclusive contava com Rafael Cardoso na direção, Saulo, Nivaldo, Paul Clivilan, Francis Batista, enfim, muita gente que contribuiu bastante, desculpe-me se faltou alguém que estava sempre a frente. Tive maior contato com o pessoal da UJS e pela participação comprometida com que se dedicavam e claro, pela ideologia que pensava a classe trabalhadora, terminei me filiando.
O Centro Acadêmico de Letras - CALE também foi formado em 2010, com gestão até 2011. Contava com Francis Batista, Janderson, Sérgio de Lima (hoje no Sintuneal), Janaina Bispo, Josy, Gerlan, Wellingta Nascimento e eu formávamos a Gestão Letras de Verdade.
A partir daí, eu já estava certo de que, sem dúvidas, era sim possível modificar a realidade em que vivemos, a partir das articulações com os envolvidos e pressões aos órgãos responsáveis. Tecendo críticas conscientes e construtivas e com intuito de avançar nos pontos de ordem coletiva, deixando questões individuais, pessoais, em último plano.
Durante este período trabalhei na empresa e militei no movimento estudantil da Uneal. Em Abril de 2010 saio da empresa onde trabalhava e entro na Uneal, como Servidor Público. Uma nova experiência, muito boa. A Universidade então funcionava com 3 servidores efetivos, o grupo que entramos, cerca de 160 das 190 vagas, colocava a Uneal em uma situação melhor que a anterior, onde funcionava com funcionários precários.
Como não poderia ser diferente, assim que entramos, discutíamos as condições de trabalho e o Plano de Cargos e Carreiras, indigno de uma Universidade. A longo e mesmo curto prazo muitos servidores deixariam o cargo. É o que vem acontecendo. Se em uma empresa privada as condições de trabalho são de exploração e há um descontentamento, no órgão público, as pessoas tem maior liberdade para discutir isto, diferente do outro caso. Conseguir ter melhores condições de trabalho e salário em um órgão não se limita a ter melhor fonte de renda para um indivíduo, mas é mesmo a manutenção do serviço e melhor atendimento a população; claro o movimento estudantil é fundamental para que as pessoas que estejam a frente vejam além das questões financeiras.
Para fechar, toda a formação passada, tanto a acadêmica, quanto à cidadã, levou-me a participar da formação do Sindicato dos Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Alagoas - SINTUNEAL, no qual hoje sou Presidente. Outros diretores como Sérgio de Lima que fez parte do CALE 2010-2011, Alexandre Batista, que foi do Centro Acadêmico de Biblioteconomia da Ufal, hoje vice-presidente, Melquizedeque, hoje Diretor do do DCE/UNEAL, também da Direção do Sindicato, mostram a contribuição do Movimento Estudantil para a formação cidadã. Desde a Educação Básica isto é importante, mas já fico feliz por ter aproveitado a partir da Universidade para perceber que posso contribuir para avançar nossa sociedade.
Há muito mais para contar, mas enfim, não dá pra resumir tudo em um único artigo
4 comments:
Junior Parabéns pelo texto mto bom, narração brilhante...
Parabéns pela bela trajetória...
Valew, Wellingta Carla, Diretora da Gestão Letras de Verdade do nosso querido CALE, pelas ajudas nas lutas!!!! A briga por nossas salas, que você tanto lutou e terminou sequer tendo aulas nela!!!! Este é o espirito: lutar por melhorias para o coletivo, nada é individual!!!!
Post a Comment