O ano mal se inicia e quando nos damos conta já estamos a quase um quarto do seu fim. Tanto estudo, tanto trabalho, tantas vitórias... Muitos dias se passaram. Chuva, nuvém, sol... Alguns dias chovem. Aqui não é tanto assim; nem por isso aqui é sempre seco. O que acontece de verdade é que nem sempre percebemos a chuva cair. Às vezes a água toca nosso rosto, nos molha, nos faz trocar de roupa. Mas somente as vezes é que percebemos: "Está chovendo".
O fenômeno físico é o mais simples de notar. Percebemos o quanto ele demora a vir, e percebemos quando vem aqui. Mas o quê de místico que há nisso parece que em alguns momentos passa desapercebido. Talvez a chuva é que seja pouca. Talvez seja essa quantidade ínfima o problema. Talvez seja esta a provável explicação. Falta de certa forma algo. Falta sim, além do refrescor, a calmaria. Além da paz uma doce sensação. Precisa que mais gotas caiam, durante uma longa noite e um longo dia.
Quanto mais roupa se tem, mais água é necessária para lavá-las. E a chuva é água. Água que cai em gotas. Pingos suaves, quedas brandas, goteiras nervosas. Traz loucura, traz esperança, traz o futuro, traz a lembrança. A chuva é água. Pode salvar, ou pode afogar. Sei que neste momento, um pouco mais de magia pudesse vir para ajudar.
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Acho que tenho roupa para o tanque...
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